Não existe uma fronteira bem definida neste assunto para classificar quando uma embarcação está supermotorizada ou submotorizada.
Mas uma maneira de avaliar isso seria considerar que a velocidade de cruzeiro da embarcação (entendendo-se como tal uma velocidade que permita uma viagem rápida, porém confortável e relaxada para aquele determinado casco em condições de mar normais) deveria ser atingida utilizando-se o regime de cruzeiro econômico do motor em questão (ao redor de 80% da rotação máxima).
Por exemplo: um barco daycruiser de cerca de 34 pés deve navegar confortavelmente a uma velocidade de 28/30 mph, sem que seja necessário exigir mais que os 80% de rotação máxima da propulsão. Uma lancha de perfil mais esportivo, offshore, de uns 38 pés, deve poder navegar a 35/38 mph nas mesmas condições.
Então, uma embarcação que precise de mais de 80% da rotação máxima para atingir o regime de cruzeiro estaria tendendo para a submotorização, enquanto uma que precise de menos de 80% estaria indo para o lado da supermotorização.
Submotorização
Um barco submotorizado, embora possa ser mais barato dado o menor custo do motor menos potente, pode proporcionar uma durabilidade menor do propulsor se este for muito exigido, e o consumo de combustível não deve ser baixo como esperado.
Supermotorização
Um barco supermotorizado, embora tenha custo de aquisição maior, apresenta certamente maior prazer na condução e os propulsores tendem a durar mais, porém se forem fortemente exigidos por pilotos inexperientes podem eventualmente conduzir a situações de risco em navegação.